Os nossos filhos são pouco nossos,
são mais do tempo.
Criam-se mais sozinhos do que ao nosso compasso.
Fazem-se da chuva que os rega,
do sol que os alimenta, das conquistas,
das vitórias e das amizades que os sustentam.
São "milhares de coisas mínimas" que fazem deles quem são.
Vão abandonando as nossas barrigas
mas o instinto faz com que estejamos sempre lá.
Para ajeitar o gancho que escorrega do caracol,
puxar a meia que cai pelo tornozelo,
endireitar o vestido que teima em arrebitar,
desafiando a nossa paciência.
O cordão que fá-los depender de nós
(mais da cabeça que do umbigo),
vai, saudável e naturalmente, desfiando-se...
Mas de agulha em punho,l
á vamos nós tricotando os dias,
desenrolando a passadeira,
e deixando "migalhas de estrelas pelas ruas do mundo
"para que não percam os caminhos que os levam ao nosso coração.
"mail que recebi duma amiga minha"
Será que essa tua amiga não gostaria de participar no blog?
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