Encontrei uma preta, que estava a chorar, pedi-lhe uma lágrima, para a analisar. Recolhi a lágrima, com todo o cuidado, num tubo de ensaio, bem esterilizado. Olhei-a de um lado, do outro e de frente: tinha um ar de gota, muito transparente. Mandei vir os ácidos, as bases e os sais, as drogas usadas em casos que tais. Ensaiei a frio, experimentei ao lume, de todas as vezes, deu-me o que é costume: nem sinais de negro, nem vestÃgios de ódio. Agua (quase tudo) e cloreto de sódio.
António Gedeão
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