Inspiro
Divago serenamente por meandros conhecidos
Julgo conhecer-te à milhares de anos
Não te aceno, vingo-me de mim
Desprezo o desejo
Não por mal, apenas por prazer
Enquadro-me perfeitamente na tua esfera
Sangram as arestas desprovidas de couro
Cúmplice sorriso esse
És mar que banhas com desdém
A minha orla odorífica do amor
Quão profundo é o teu olhar
Que de tão triste ser
Que de tão cansado estar
Que de tão tanto
Ser,
Estar,
Experimentar,
Viver,
Sorrir,
Amar
Prometer-te-ia chicotear olhos de pombas
Acaso isso te fizesse feliz
Troveja o céu
É a tristeza que ruge
Ouçamos os viúvos uivos de amor
Estou só e brinco com memórias tuas
Enfim, vou-te amando em silêncio
Não ouves as setas que rasgam os céus
Ouço-lhes o silvo agudo
Misturam-se com o murmurar do mar
Foi cupido que por aqui passou
E a lembrança de ti a mim me deixou
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