terça-feira, 31 de julho de 2007

COMO UMA FLOR VERMELHA


À sua passagem a noite é vermelha,
E a vida que temos parece
Exausta,inútil, alheia.

Ninguém sabe onde vai nem donde vem,
Mas o eco dos seus passos
Enche o ar de caminhos e espaços
E acorda das ruas mortas.

Então o mistério das coisas estremece
E o desconhecido cresce
Como uma flor vermenha.

Sophia de melo Breyner

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