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Tristeza

A tristeza faz-nos viver a vida ao ralenti. Todo o movimento é penoso. A palavra de ordem é a lentidão... ainda estamos a digerir uma perda. Toda a tristeza tem origem na perda. Perda de emprego, de estatuto, de casa, de cidade, de afectos, afastamento de alguém que nos é querido, de um objecto que nos faz sentir sozinhos e abandonados.
A tristeza não é totalmente negativa, pois obriga-nos a parar, a fazer uma espécie de retiro espiritual. Assim, podemos aprender e perguntar para quê ou porquê nos acontece algo que nos deixa tristes.
A tristeza também nos protege da agressividade do outro e origina uma onda de empatia e de apoio. Quando a tristeza se apodera definitivamente de nós, entramos na espiral da depressão e pode acabar mal.
A tristeza é prima da melancolia e do tédio existencial. Para acabar com a tristeza, é preciso reflectir, procurar o apoio dos outros e deixar que o tempo sare algumas feridas.
A tristeza também tem como sinónimo o vazio e enquanto o vazio dominar a nossa vida, não haverá espaço para o entusiasmo e a alegria.
O vazio tem cura. Basta enchê-lo com afecto, afecto de nós próprios e afectos de outros que nos amam. Nem sempre o amor que desejamos e não temos, é o melhor para nós. Os afectos não se forçam, sentem-se...e quando se começam a sentir a tristeza vai-se embora. Se te sentires triste, sabes que podes sempre contar comigo. O meu numero de telefone ainda é o mesmo.