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Afectivamente, correcto!

É indubitável a importância da questão da socialização e do estabelecimento de relações ao longo da vida; o mesmo acontece quando se aborda a temática das necessidades de afecto entre as pessoas...No entanto, há sempre quem não saiba gerir de forma adequada todas estas questões, acabando por agir de acordo com aquilo que é socialmente esperado e negligênciando as próprias necessidades. Isto acaba por se reflectir, muitas vezes, nas questões subjacentes aos motivos que originam uma relação: "(...) as pessoas ficam juntas pelas razões erradas; para esquecer outras pessoas, para mudar de vida, porque acham que chegou a altura de fazer o que todos esperam que se faça; casar e ter filhos. Raramente ficam juntas de uma forma livre e totalmente sincera. Raramente se unem de uma forma pura e verdadeira, por amor." (in "Diário da tua ausência" de Margarida Rebelo Pinto)
Na verdade, as pessoas não são nem têm que ser todas iguais, com a mesma hierarquia de valores e objectivos de vida; se há quem queira casar e ter filhos, também há quem prefira viver sozinho e sem descendentes (o que não invalida estabelecer relações afectivas)...Por outro lado, e porque somos seres dotados de inteligência não vegetativos, também devemos ter consciência de que as necessidades se alteram e que os desejos e as prioridades valorativas vão sofrendo modificações: o que não quero hoje, posso ambicionar para amanhã e o que quero hoje, posso excluir no futuro...
A vida é assim mesmo e respeitar o próximo como ser que livremente e em conciência faz as suas opções, é meio caminho andado para sermos, também nós, livres!
Beijocas!