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A ternura dos pequenos gestos!

Uma das coisas que me dá gozo fazer, em locais onde se juntam multidões, é observar atentamente os comportamentos não verbais das pessoas. Um destes dias observava um casal que, ao descer, de mãos dadas, uma das principais ruas desta cidade, parou em frente de uma montra de um estabelecimento comercial; as mãos separaram-se para que a senhora apontasse provalvelmente uma peça de roupa que achara interessante e, depois de terem conversado qualquer coisa, as mãos voltaram-se a unir, quase que por instinto.
Provavelmente, esta (re)união de mãos não siginificou nada para eles, naquele momento...já acontecia naturalmente...mas, para mim, significou tudo: lembrei-me quando as dava aos meus pais para atravessar a rua e, depois, já mais crescida, quando tive uns namoricos. Dar as mão é um acto de ternura, que revela cumplicidade e amor, que conforta inseguranças e que, inevitavelmente une.
Reflecti e cheguei à conclusão que foi preciso eu já ter dado as minhas mãos e de ter ficado sem ter a quem as dar para poder valorizar tanto aquele gesto...De facto, na altura não valorizava (tal como o casal que observei) e, naquele momento, tocou-me de uma forma inexplicável...
Beijocas!