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Olhe que não ... não é por aí o carreiro, não !!

  • Após leitura do post do estimado Senhor Presidente, relativo ao próximo referendo sobre o aborto, investiguei um pouco sobre Santo Agostinho (citado por Mons. Hugo Azevedo), e eis o que encontrei :

"Aurélio AGOSTINHO nasceu em Tagasta, cidade da Numídia, de uma família burguesa, a 13 de Novembro do ano 354.
Indo para Cartago, a fim de aperfeiçoar seus estudos, começados na pátria, desviou-se moralmente. Caiu em profunda sensualidade, que, segundo ele, é uma das maiores consequências do pecado original; dominou-o longamente, moral e intelectualmente.
Apesar de sua dedicação aos estudos, encontrou no meio de tanta volúpia e sensualidade, aquela mulher que amou, sua companheira de pecado durante 15 anos de vida que mantiveram em comum.
Entrementes - depois de maduro exame crítico - abandonara o maniqueísmo, abraçando a filosofia neoplatónica que lhe ensinou a espiritualidade de Deus e a negatividade do mal. Finalmente, como por uma fulguração do céu, sobreveio a conversão moral e absoluta, no mês de Setembro do ano 386. Agostinho renuncia inteiramente ao mundo, à carreira, ao matrimónio; retira-se, durante alguns meses, para a solidão e o recolhimento,
Agostinho foi profundamente impressionado pelo problema do mal - de que dá uma vasta e viva fenomenologia.
Quanto ao mal moral, finalmente, existe realmente a má vontade que livremente faz o mal; ela, porém, não é causa eficiente, mas deficiente, sendo o mal não-ser. Este não-ser pode unicamente provir do homem, livre e limitado, e não de Deus, que é puro ser e produz unicamente o ser. O mal moral entrou no mundo humano pelo pecado original e actual; por isso, a humanidade foi punida com o sofrimento, físico e moral, além de o ter sido com a perda dos dons gratuitos de Deus. Como se vê, o mal físico tem, deste modo, uma outra explicação mais profunda.
Quanto à família, Agostinho, como Paulo apóstolo, considera o celibato superior ao matrimónio; se o mundo terminasse por causa do celibato, ele alegrar-se-ia, como da passagem do tempo para a eternidade.
Santo Agostinho insiste na impossibilidade de o Estado chegar a uma autêntica justiça se não se reger pelos princípios morais do cristianismo. De modo que na concepção augustiniana se dá uma primazia da Igreja sobre o Estado."
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Ora bem :
  • Pessoalmente, não acredito que os portugueses (pelo menos na sua maioria), simples mortais, cidadãos de um país LAICO, possam, no séc. XXI, professar este tipo de princípios ...
  • Seremos, nós todos, bestas sensuais, dominadas pelo MAL ?
  • É esta, no meu entender infelizmente, a ideia que a Igreja Católica faz do seu rebanho ... ou pelo menos aquela que nos é transmitida no dia-a-dia pela maioria dos seus pastores ...

Não, não é, definitivamente, por aí o carreiro !!