Vida
Mário Quintana
Mensagem aos meus amigos
Se queres um amigo, prende-me a ti!"
Para ti
Ao longe, ao luar,
No rio uma vela,
Serena a passar,
Que é que me revela ?
Não sei, mas meu ser
Tornou-se-me estranho,
E eu sonho sem ver
Os sonhos que tenho.
Que angústia me enlaça ?
Que amor não se explica ?
É a vela que passa
Na noite que fica.
Fernando Pessoa
Feliz Ano Novo
Bertold Brecht
Todos os dias os ministros dizem ao povo
Como é difícil governar. Sem os ministros
O trigo cresceria para baixo em vez de crescer para cima.
Nem um pedaço de carvão sairia das minas
Se o chanceler não fosse tão inteligente. Sem o ministro da Propaganda
Mais nenhuma mulher poderia ficar grávida. Sem o ministro da Guerra
Nunca mais haveria guerra. E atrever-se ia a nascer o sol
Sem a autorização do Führer?
Não é nada provável e se o fosse
Ele nasceria por certo fora do lugar.
Como é difícil governar. Sem os ministros
O trigo cresceria para baixo em vez de crescer para cima.
Nem um pedaço de carvão sairia das minas
Se o chanceler não fosse tão inteligente. Sem o ministro da Propaganda
Mais nenhuma mulher poderia ficar grávida. Sem o ministro da Guerra
Nunca mais haveria guerra. E atrever-se ia a nascer o sol
Sem a autorização do Führer?
Não é nada provável e se o fosse
Ele nasceria por certo fora do lugar.
O mundo de pernas para o ar
Lago
2009
André Sardet - Adivinha quanto gosto de ti
Já pensei dar-te uma flor, com um bilhete, mas nem sei o que escrever...
Gosto de ti, desde aqui até á Lua...
O Galo da Noite
a todos um bom Natal. Voltei apenas temporariamente, que a minha estada é na mouraria. Tenho estado super-ocupado, ou melhor, hiper-ocupado, agora que vivemos a era dos Continentes, Jumbos e Feiras Novas.
Voltei, pois para festejar o Natal. Sim o Natal. E eu c' um raio que para cá vim, para este meio tripeiro, quando estou sedeado em Belém, terra que nos meus tempos de menino, das andanças pela cataquese, fugindo à Irmã Teresa e à Irmâ Maria dos Anjos, das Carmelitas dos Pés Descalços, que me obrigavam a rezar o Terço, as Avé -Marias e Padres Nossos, o Acto de Contrição Meu Desus e mais umas tretas em latim que eu nunca consegui decorar, mas que o meu pai sabia de lés-a-lés, terra, dizia, onde nasceu Jesus Cristo, filho da Virgem Maria e de um carpinteiro bonzinho, que só agora sei que era um garanhão.
Bem, deixei Belém para me juntar à família e enviar mensagens de telemóveis aos amigos e também a alguns inimigos, que a gente neste mundo, já sem a cataquese e a Irmã Teresa e a Maria dos Anjos, tem de ser hipócrita e mandar para as malvas os dez mandamentos( não faz mal que a cada falsário e vigarista que retribuo a mensagem de boas festas eu rezo logo 3 AvÉs Marias e um Padre Nosso). É Natal! Pois é, é Natal! Mas que Natal é este, em que muitos vão passá-lo a hotéis (fodendo a vida a quem gostaria de estar com a família e tem de ficar de piquete), que Natal é este em que a tradição deixou de ser o que era?
De volta o Freitas nostálgico! No meu tempo de menino e moço o Natal era outro. Completamente outro. A Ceia, os doces, todo o preparo e a azáfama que davam cabo da minha mãe, mas que ela desempenhava com prazer, tudo o cenário era distinto. Até a missa do galo à meia-noite, que não sei porquê já desapareceu do programa catolicista. Mas o que mais me irrita é o cerimonial das prendas. Antes deixava-mos o pedido em carta em cima do fogão, debaixo da chaminé (só agora dei comigo a perceber que não há mais chaminés), tudo bem escrito, sem erros para o Pai Natal perceber bem a simples e humilde prenda que gostaríamos de ter no sapatinho que ficava toda a noite em cima do fogão e nos levava a dormir depressa, a sonhar com renas e homens de barbas que distribuiam presentes, e mal acordados a correr para a cozinha e , então sim, agarrar nos presentes e sentir que o Mundo era nosso, que Deus ouviu as nossas preces, que valia a pena pedir, rezar e ser fieis a Deus Nosso Senhor!
Hoje, estou com a família e enquanto escrevo para vocês, mulas, estou a ver a distribuição de prendas. Já sem pedidos escritos, já sem deixar para o dia seguinte, apenas uma troca pura simples. Demora pouco. 10 a 15 minutos! E a conversa já é outra. O Natal acabou. Amanhã vai haver um almoço. Os garotos não vão sonhar, não têm por que sonhar. Os presentes do Pai Natal já há muito que os receberam, alguns bem antes da data, que os pais até deixam abrir os embrulhos (Ah, como nós olhavámos para aqueles embrulhos e nem nos atrevíamos a neles tocar!!!) uns dias antes ("não faz mal. eles vão abri-los e vão, e assim não nos chateiam até lá).
Meu querido Pai Natal, já foste, já eras! A minha geração lixou-te! Não soube educar os filhos, não soube preservar a tradição porque lhe dava jeito não ser inquietada. O Natal já não é o que era. É simplesmente um encontro. Sem mística. Sem tradição. Alguma coisa se foi...e sei o quê: foi-se o Natal!!!
Anedota
Provérbios
Provérbio Macua - Moçambique
A Crise está em Crise
De acordo com os especialistas – e para surpresa de todos os leigos, completamente inconscientes de que tal cenário fosse possível – Portugal está mergulhado numa profunda crise. Ao que parece, 2009 vai ser mesmo complicado.
O problema é que 2008 já foi bastante difícil. E, no final de 2006, o empresário Pedro Ferraz da Costa avisava no Diário de Notícias que 2007 não iria ser fácil. O que, evidentemente, se verificou, e nem era assim tão difícil de prever tendo em conta que, em 2006, analistas já detectavam que o País estava em crise. Em Setembro de 2005, Marques Mendes, então presidente do PSD, desafiou o primeiro-ministro para ir ao Parlamento debater a crise económica. Nada disto era surpreendente na medida em que, de acordo com o Relatório de Estabilidade Financeira do Banco de Portugal, entre 2004 e 2005, o nível de endividamento das famílias portuguesas aumentou de 78% para 84,2% do PIB. O grande problema de 2004 era um prolongamento da grave crise de 2003, ano em que a economia portuguesa regrediu 0,8% e a ministra das Finanças não teve outro remédio senão voltar a pedir contenção. Pior que 2003, só talvez 2002, que nos deixou, como herança, o maior défice orçamental da Europa, provavelmente em consequência da crise de 2001, na sequência dos ataques terroristas aos Estados Unidos. No entanto, segundo o professor Abel M. Mateus, a economia portuguesa já se encontrava em crise antes do 11 de Setembro.
A verdade é que, tirando aqueles seis meses da década de 90 em que chegaram uns milhões valentes vindos da União Europeia, eu não me lembro de Portugal não estar em crise. Por isso, acredito que a crise do ano que vem seja violenta. Mas creio que, se uma crise quiser mesmo impressionar os portugueses, vai ter de trabalhar a sério. Um crescimento zero, para nós, é amendoins. Pequenas recessões comem os portugueses ao pequeno-almoço. 2009 só assusta esses maricas da Europa que têm andado a crescer acima dos 7 por cento. Quem nunca foi além dos 2%, não está preocupado.
É tempo de reconhecer o mérito e agradecer a governos atrás de governos que fizeram tudo o que era possível para não habituar mal os portugueses. A todos os executivos que mantiveram Portugal em crise desde 1143 até hoje, muito obrigado. Agora, somos o povo da Europa que está mais bem preparado para fazer face às dificuldades.
Aniversário da Luisa
Aniversário do Feliciano
Remember Dolché Bar
Tenho dedicado algum do meu tempo a ouvir músicas do meu tempo de juventude. Sabe tão bem recordar os bons velhos tempos… Por isso, quero partilhar convosco um clássico dos anos 90, que tantas vezes rodou no famoso Dolché bar, mas agora numa lindíssima versão acústica!
Chris Cornell – Black Hole Sun
In my eyes
Indisposed
In disguise, as no one knows
Hides the face
Lies the snake
And the sun in my disgrace
Boiling heat
Summer stanch
'Neath the black, the sky looks dead
Call my name
Through the cream
And I'll hear you scream again
Refrão
Black hole sun
Won't you come
And wash away the rain
Black hole sun
Won't you come
Won't you come
Won't you come
Stuttering
Cold and damp
Steal the warm wind, tired friend
Times are gone
For honest men
And sometimes, far too long for snakes
In my shoes
Walking sleep
And my youth i pray to keep
Heaven send
Hell away
No one sings like you anymore
Hang my head
Drown my fear
Till you all just disappear…
Bush "bombardeado" no Iraque
Com certeza já todos viram estas imagens... Mas como é um momento que merece ficar eternizado, achei por bem colocá-lo no blog! Barak Obama que tenha cuidado quando visitar o Iraque!
Restolho...
Restolho
Mafalda Veiga
Geme o restolho, triste e solitário
A embalar a noite escura e fria
E a perder-se no olhar da ventania
Que canta ao tom do velho campanário
Geme o restolho, preso de saudade
Esquecido, enlouquecido, dominado
Escondido entre as sombras do montado
Sem foras e sem cor e sem vontade
Geme o restolho, a transpirar de chuva
Nos campos que a ceifeira mutilou
Dormindo em velhos sonhos que sonhou
Na alma a mágoa enorme, intensa, aguda
Mas preciso morrer e nascer de novo
Semear no pó e voltar a colher
Há que ser trigo, depois ser restolho
Há que penar para aprender a viver
E a vida não existir sem mais nada
A vida não é dia sim, dia não
É feita em cada entrega alucinada
Pra receber daquilo que aumenta o coração
Geme o restolho, a transpirar de chuva
Nos campos que a ceifeira mutilou
Dormindo em velhos sonhos que sonhou
Na alma a mágoa enorme, intensa, aguda
Mas preciso morrer e nascer de novo
Semear no pó e voltar a colher
Há que ser trigo, depois ser restolho
Há que penar para aprender a viver
E a vida no existir sem mais nada
A vida não é dia sim, dia não
É feita em cada entrega alucinada
Pra receber daquilo que aumenta o coração...
Nini
Estrelinha
MULHERES POSSÍVEIS
Voilá
Exemplo único
Albert Schweitzer
Deste-me a fraternidade para com o que não conheço.
Acrescentaste à minha força a força de todos os que vivem.
Deste-me outra vez a pátria como se nascesses de novo.
Deste-me a liberdade que o solitário não tem.
Ensinaste-me a acender a bondade, como o fogo.
Deste-me a rectidão de que a árvore necessita.
Ensinaste-me a ver a unidade e a diversidade dos homens.
Mostraste-me como a dor de um individuo morre com a vitória de todos.
Fizeste-me edificar sobre a realidade como sobre uma rocha.
Tornaste-me adversário do malvado e muro contra o frenético.
Fizeste-me ver a claridade do mundo e a possibilidade da alegria.
Tornaste-me indestrutível, porque graças a ti, não termino em mim.
Pablo Neruda
Pavio curto
Já instalados no apartamento, ele tira a camisa, deixa o seu bíceps à mostra e diz:
- Isso são 80 kg de dinamite!
Mostra o abdômen e diz:
- 100 kg de dinamite!
Depois tira a bermuda, mostra as coxas e diz:
- 120 kg de dinamite!
Enfim ele tira a cueca samba-canção e a mulher sai correndo pelos corredores do motel, gritando:
- Evacuem o motel!!!
O meu quarto está lotado de explosivo e o pavio é curto!
Fantástico
Para quem não conhece o conceito, aqui fica claro o significado de quando se diz que um programa entrou em looping:
Pensamentos do dia
Pedro com a HAC TV
Parabens Pedro
AMO A VIDA
Eu sou o Lobo Mau
BILHETE
Aniversário do Paulo
Fazer sexo é dedutivel no IRS
A bola já é de Ronaldo
A internet no trabalho
Fui praia fora
OS SONHOS DÃO TRABALHO
Banqueiros
Eu quero a Natália
|
Quem será?
A jornalista Fernanda Câncio (penso que todas as Mulas já ouviram, pelo menos, falar) em entrevista à revista "Ler" deste mês, à pergunta:
- Qual a sua ideia de loucura?
Respondeu:
- Persistir em amar alguém que não vale um caracol!!!
Sinceramente não consigo perceber se se refere a alguém em concreto.
Podem ajudar-me?
P.S.: a foto publicada com este post é tão somente para efeitos decorativos.
O meu amor tem trinta mil cavalos
O meu amor ensinou-me a chegar
O meu amor ensinou-me a partir
VERDADE
Assim não era possível atingir toda a verdade,
Arrebentaram a porta.
Chegou-se a discutir qual a metade mais bela.
Escandalosamente verdade
Vale e Azevedo
Depois de embrulhadas as codornizes e entregues ao cliente, este vai-se embora, quando o empregado irrompe:
- Desculpe, mas o Sr. esqueceu-se de pagar as codornizes.
- Mas eu troquei-as pelos frangos! Disse Vale e Azevedo, "indignado" com a petulância do empregado.
- Mas também não pagou os frangos!
- Correcto, mas também não os levei ...
NÃO IMPORTA...
Amigos e amizades
Aristóteles