Se cada dia cai...
por
Renato
em terça-feira, 31 de março de 2009
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Se cada dia cai,
dentro de cada noite,
há um poço
onde a claridade está presa.
Há que sentar-se na beira
do poço da sombra
e pescar luz caída
com paciência.
Pablo Neruda
SOLIDÃO
por
Anónimo
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SOLIDÃO
por
Anónimo
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Ó solidão! À noite, quando, estranho,
Vagueio sem destino, pelas ruas,
O mar todo é de pedra... E continuas.
Todo o vento é poeira... E continuas.
A Lua, fria, pesa... E continuas.
Uma hora passa e outra... E continuas.
Nas minhas mãos vazias continuas,
No meu sexo indomável continuas,
Na minha branca insónia continuas,
Paro como quem foge. E continuas.
Chamo por toda a gente. E continuas.
Ninguém me ouve. Ninguém! E continuas.
Invento um verso... E rasgo-o. E continuas.
Eterna, continuas...
Mas sei por fim que sou do teu tamanho!
Pedro Homem de Mello, in "O Rapaz da Camisola Verde"
QUERO QUE SAIBAS QUE...
por
Anónimo
em domingo, 29 de março de 2009
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Amigo
por
Renato
em quinta-feira, 26 de março de 2009
/
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Mal nos conhecemos
Inaugurámos a palavra «amigo».
«Amigo» é um sorriso
De boca em boca,
Um olhar bem limpo,
Uma casa, mesmo modesta, que se oferece,
Um coração pronto a pulsar
Na nossa mão!
«Amigo» (recordam-se, vocês aí,
Escrupulosos detritos?)
«Amigo» é o contrário de inimigo!
«Amigo» é o erro corrigido,
Não o erro perseguido, explorado,
É a verdade partilhada, praticada.
«Amigo» é a solidão derrotada!
«Amigo» é uma grande tarefa,
Um trabalho sem fim,
Um espaço útil, um tempo fértil,
«Amigo» vai ser, é já uma grande festa!
Alexandre O'Neill, in 'No Reino da Dinamarca'
Relogio
Um cidadão morreu e foi para o céu.
Enquanto estava em frente a São Pedro nas Portas Celestiais, viu uma
enorme
parede com relógios atrás dele.
Perguntou:
- O que são todos aqueles relógios?
São Pedro respondeu:
- São Relógios da Mentira... Toda a gente na Terra tem um Relógio da
Mentira.
Cada vez que você mente, os ponteiros movem-se mais rápido.
- Oh! - exclamou o cidadão. De quem é aquele relógio ali?
- É o da Madre Teresa. Os ponteiros nunca se moveram, indicando que ela
nunca mentiu.
- E aquele, é de quem?
- É o de Abraham Lincoln. Os ponteiros moveram-se duas vezes,indicando
que
ele só mentiu duas vezes em toda a sua vida.
- E o Relógio do Sócrates, também está aqui?
- Ah! O do Sócrates está na minha sala.
- Ai sim? - espantou-se o cidadão. Por quê?
E São Pedro, rindo:
- Uso-o como ventoinha de tecto!
Enquanto estava em frente a São Pedro nas Portas Celestiais, viu uma
enorme
parede com relógios atrás dele.
Perguntou:
- O que são todos aqueles relógios?
São Pedro respondeu:
- São Relógios da Mentira... Toda a gente na Terra tem um Relógio da
Mentira.
Cada vez que você mente, os ponteiros movem-se mais rápido.
- Oh! - exclamou o cidadão. De quem é aquele relógio ali?
- É o da Madre Teresa. Os ponteiros nunca se moveram, indicando que ela
nunca mentiu.
- E aquele, é de quem?
- É o de Abraham Lincoln. Os ponteiros moveram-se duas vezes,indicando
que
ele só mentiu duas vezes em toda a sua vida.
- E o Relógio do Sócrates, também está aqui?
- Ah! O do Sócrates está na minha sala.
- Ai sim? - espantou-se o cidadão. Por quê?
E São Pedro, rindo:
- Uso-o como ventoinha de tecto!
Aniversário do Pedro
por
Tito
em quarta-feira, 25 de março de 2009
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Aniversários
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Quem diria que o Pedro faz amanhã, dia 26, exactamente 18 anos. É de maior idade, até já pode casar. Bom, não te excedas, tens muito tempo. A partir de agora o Pedro é oficialmente um adulto, embora já o fosse prematuramente. Para ti, colega, um forte abraço do Curral da Mula, com votos de um dia fantástico. Parabéns...
PS As mini-mulas estão a criar um clube de fãs com o teu nome. Será boa ideia?
Prá frente é que é o caminho
por
Tito
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Pensamentos
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“Nem um passo para trás. Nem para tomar impulso”
Antonio de Guevara
Antonio de Guevara
IDADE
por
Anónimo
em segunda-feira, 23 de março de 2009
/
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Existe somente uma idade para a gente ser feliz,
somente uma época na vida de cada pessoa em que é possível
sonhar e fazer planos e ter energia bastante para realizá-los a
despeito de todas as dificuldades e obstáculos.
Uma só idade para a gente se encantar com a vida
e viver apaixonadamente
e desfrutar tudo com toda intensidade
sem medo nem culpa de sentir prazer.
Fase dourada em que a gente pode criar e recriar a vida à nossa
própria imagem e semelhança e vestir-se com todas as cores
e experimentar todos os sabores
e entregar-se a todos os amores sem preconceito, nem pudor.
Tempo de entusiasmo e coragem
em que todo o desafio é mais um convite à luta que
a gente enfrenta com toda disposição de tentar algo novo,
de novo e de novo, e quantas vezes for preciso.
Essa idade tão fugaz na vida da gente chama-se PRESENTE e
tem a duração do instante que passa ...
Mário Quintana
Livro de Horas - Miguel Torga
por
Renato
/
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Aqui, diante de mim,
Eu, pecador, me confesso
De ser assim como sou.
Me confesso o bom e o mau
Que vão em leme da nau
Nesta deriva em que vou.
Me confesso
Possesso
Das virtudes teologais,
Que são três,
E dos pecados mortais
Que são sete,
Quando a terra não repete
Que são mais.
Me confesso
O dono das minhas horas.
O das facadas cegas e raivosas
E das ternuras lúcidas e mansas.
E de ser de qualquer modo
Andanças
Do mesmo todo.
Me confesso de ser charco
E luar de charco, à mistura.
De ser a corda do arco
Que atira setas acima
E abaixo da minha altura.
Me confesso de ser tudo
Que possa nascer em mim.
De ter raízes no chão
Desta minha condição.
Me confesso de Abel e de Caim.
Me confesso de ser Homem.
De ser o anjo caído
Do tal céu que Deus governa;
De ser o monstro saído
Do buraco mais fundo da caverna.
Me confesso de ser eu.
Eu, tal e qual como vim
Para dizer que sou eu
Aqui, diante de mim!
Closer
por
Tito
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Pensamentos
/
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"A poesia é a distância mais curta entre duas pessoas."
Adoro incomodar a estupidez
...E um bom filósofo, como ensinou Nietzsche, serve para incomodar a estupidez.
O perservativo e a relegião
«Os médicos católicos estão a favor do conhecimento científico – declara. Não dizemos as coisas só por motivos ideológicos. Da mesma maneira que admitimos que um adultério de pensamento não transmite nenhum vírus mas é algo que está mal, temos de ddizer que os preservativos têm seus perigos. Barreiras limitadas.»
Perservativo
Em Yaoundé, em 1993, aconteceu a VII Reunião Internacional sobre a SIDA com especialistas médicos e de saúde. Foi uma reunião em que participaram cerca de 300 congressistas, e se distribuiu no final um questionário para que se indicasse, entre outras coisas, se se tinham tido relações sexuais durante os três dias que durou a reunião, com pessoas que não fossem parceiros estáveis.
Dos pesquisados, 28% responderam que sim, e destes, 30% disseram que não tinham tomado qualquer «precaução» para evitar contágios.
«Se isso ocorre entre pessoas ‘consciencializadas’, o que acontecerá com as as pessoas normais?», pergunta.
Fonte. zenit.org
"Falta um Disco" – Carlos Drummond de Andrade
por
Renato
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"Amor, estou triste.
Porque sou o único brasileiro vivo
Que nunca viu um disco voador.
Na minha rua todos viram.
E falaram com seus tripulantes
na língua misturada
de carioca e de sinais verdes
luminescentes
que qualquer um entende, pois não?
Entraram a bordo (convidados!)
voaram por ai e ali por além
sem necessidade de passaporte
e certidão negativa de imposto de renda.
Voltaram cheios de notícias e de superioridade
Olham-me com desprezo benévolo.
Sou o pária: aquele que vê apenas
caminhão, cartaz de cinema, buraco na rua
e outras evidências pedestres.
Um amigo que eu tenho
todas as semanas vai ver o seu disco na
praia de Itaipu.
Este, não diz nada para mim, de boca,
mas o jeito, os olhos...
contam de prodígios tornados simples
de tão semanais.
Apenas secretos para quem não é capaz de
ouvir e de entender um disco.
Por que a mim, somente a mim, recusa-se o OVNI?
Talvez para que a sigla de todo não se perca.
Pois enfim nada existe de mais identificado do
que um disco voador,
hoje presente em São Paulo, Bahia, Barra da Tijuca
e Barra Mansa.
Os pastores dessa aldeia já me fazem zombaria
pois procuro, em vão procuro, noite e dia
o zumbido, a forma, a cor
de um só disco voador.
Bem sei que em toda parte eles circulam.
Nas praias, no infinito céu hoje finito,
até no sítio de outro amigo em Terezópolis.
Bem sei, e sofro com a falta de confiança
neste poeta que muita coisa viu
extraterrena
em sonhos e acordado.
Sereias, dragões, o Príncipe das Trevas,
a Aurora Boreal encarnada em mulher,
os Sete Arcanjos de Congonhas da Luz
e doces almas do outro mundo em procissão.
Mas o disco, o disco, ele me foge
e ri de minha busca.
Um passou bem perto, contam, quase a me roçar.
"Não viu?!"
Não vi.
Dele desceu, parece, um sujeitinho furta-cor, gentil.
Puxou-me pelo braço:
"Vamos" ou "plics" talvez?
Isso me garantem meus vizinhos.
E eu, chamado não chamado
insensível e cego sem ouvidos
deixei passar a minha vez...
Amor, estou tristinho,
estou tristonho
por ser o só que nunca viu um disco voador,
hoje comum na Rua do Ouvidor".
Louras
Uma loura está no carro com o namorado num namoro desenfreado.
Beijo puxa beijo e às tantas...
- Não queres ir para o banco de trás? (diz ele em visível sofreguidão). Para banco de trás? Não.
Bom, o namoro lá continua, mais beijo, mais festa, mais aperto, mais amasso e...
- Não queres mesmo ir para o banco de trás? (diz ele ainda com mais vontade)
- Não, não quero.
O pobre rapaz já meio desnorteado, lá continua no beija-beija, esfrega-esfrega até que...
- Vá lá! Tens a certeza de que não queres ir para o banco de trás? (já desesperado).
- Mas que coisa! Já te disse que não! Claro que não!
- Então, mas porquê? (já desesperadíssimo)
- Porque prefiro ficar aqui ao pé de ti!
Já não há pessoas felizes
"Na escola actual, já não há pessoas felizes! Ao invés, toda a comunidade que aí convive diariamente está a trilhar os limiares da paciência, da frustração, do desinteresse, do desalento… Embora cada grupo tenha as suas razões específicas, todos raiam os seus próprios limites. Os professores, humanamente, não têm razões para sorrir: perderam tudo o que havia a perder, desde as mais pequenas questões laborais e salariais até aos altares sagrados do respeito e da dignidade profissional. Os auxiliares de acção educativa, cada vez menos especializados seja no que for, ganham salários miseráveis e passam os dias a deglutir todo o tipo de desconsiderações e insultos, atirados por catraios que poderiam ser seus filhos, netos… Tudo se lhes pede e pouco se lhes dá. Finalmente, os alunos, aos quais esta escola diz cada vez menos. E porquê? Porque os jovens gostam de desafios, e esta escola trata-os como deficientes mentais! Porque os jovens gostam de conhecer e explorar todas as suas capacidades, e esta escola dá-lhes a “papinha mastigada”! Porque os jovens precisam de regras claras, de limites bem definidos, e esta escola oferece-lhes um universo de valores confuso, contraditório, paradoxal, onde quase tudo é permitido, onde o “bombo da festa” é aquele que deveria ser admirado e respeitado. Porque os jovens precisam de ver na escola a essência de um mundo justo, que estimula e premeia a excelência, mas que também pune a violência, penaliza a preguiça e o desinteresse"
Luís Costa
Mail da CC
Manuel Maria Barbosa du Bocage
por
Renato
/
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Epigrama imitado
Levando um velho avarento
Uma pedrada no olho,
Põe-se-lhe no mesmo instante
Tamanho como um repolho.
Certo, doutor, não das dúzias,
Mas sim do médico perfeito,
Dez moedas lhe pedia
Para o livrar do defeito.
"Dez moedas! (diz o avaro)
Meu sangue não desperdiço:
Dez moedas por um olho!
O outro eu dou por isso."
Bocage
A Pila
A PILITA ALENTEJANA
Rija, enquanto durou.
Agora q'amolengou
e antes q'a morda a cobra,
Vou atá-la c'uma corda
Pra ela nã me fugiri.
Preciso da sacudiri,
Leva tempo pá'cordari
Já nem se sabe esticari.
Más lenta q'um caracoli,
Enrola-se-me no lençoli.
Ninguém a tira dali,
Já só dá em preguiçari.
Nada a faz alevantari
E já nã dá com o monti,
Nem água bebe na fonti.
Que bich'é que lhe mordeu?
Parece defunta, morreu.
Deu-lhe p'ra enjoari,
Nem lh'apetece cheirari.
Jovem, metia inveja.
Com más gás q'uma cerveja,
Sempre pronta p'ra brincari.
Cu diga a minha Maria,
Era de nôte e de dia.
Até as mulheres da vila,
Marcavam lugar na fila,
P'ra eu lha poder mostrari !
Uma moura a trabalhari,
Motivo do mê orgulho.
Fazia cá um barulho !
Entrava pelos quintais,
Inté espantava os animais.
Eram duas, três e quatro,
Da cozinha até ao quarto
E até debaixo da cama.
Esta bicha tinha fama.
Punha tudo em alvoroço,
Desde o mê tempo de moço.
A idade nã perdoa,
Acabô-se a vida boa !
Depois de tanto caçari,
Já merece descansari.
Contava já mê avô:
"Niuma rata lhe escapou !"
É o sangui das gerações.
Mas nada de confusões,
Pois esta estória aqui escrita,
É da minha gata, a Pilita !
Golfe em cuecas...
por
Manelão
/
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Esta foto até parece ter sido retirada de um anúncio publicitário para impulsionar o crescimento do golfe feminino ou, até mesmo, a uma marca de roupa interior! Mas não... Esta foi uma situação bem real que aconteceu no segundo dia do WGC – CA Championship, torneio realizado esta semana na Florida, que contou com a presença dos melhores jogadores do mundo.
Após uma má saída no buraco três, Henrik Stenson, actual número 10 do ranking mundial, viu a sua bola cair numa zona de lamaçal. O sueco quis evitar o ‘drop’ e decidiu jogar a bola tal como ela estava. Stenson, que nesse dia vestia de branco e não trazia fato de chuva no saco - estavam mais de 30 graus em Miami -, sabia que iria ficar coberto de lama e, por essa razão, decidiu tirar a roupa para não jogar os restantes 15 buracos com a vestimenta suja.“Para salvar uma pancada tinha de fazer o que fiz”, referiu o jogador, sem perder o humor. “Depois, o fotógrafo pode ganhar um bom dinheiro com a imagem e eu posso conseguir um contrato com a Playgirl”, brincou.
No entanto, esta atitude de nada valeu ao golfista, uma vez que acabou por terminar o torneio no penúltimo lugar.
No entanto, esta atitude de nada valeu ao golfista, uma vez que acabou por terminar o torneio no penúltimo lugar.
Um ministro portugues e um ministro angolano
Um ministro Português recebeu, em Lisboa, um ministro Angolano.
Simpático, o ministro português convidou o outro a ir lá a casa.
O ministro angolano foi e ficou espantado com a bela vivenda. Em bairro chiquérrimo e com piscina.
Com a informalidade dos luandenses pôs-se a fazer perguntas.
- Com um ordenado que não chega a mil contos limpos, como é que o meu amigo conseguiu tudo isto? Não me diga que era rico antes de ir para o Governo?
O ministro português sorriu, disse que não, antes não era rico. E em jeito de quem quer dar explicações, convidou o outro a ir até à janela.
- Está a ver aquela auto-estrada?
- Sim, respondeu o angolano.
- Pois ela foi adjudicada por 100 milhões. Mas, na verdade, só custou 90... disse o português, piscando o olho.
Semanas depois, o ministro português foi de viagem a Luanda. O angolano quis retribuir a simpatia e convidou-o a ir lá a casa. Era um palácio, com varandas viradas para o pôr-do-Sol do Mussulo, jardins japoneses e piscinas em cascata.
O português nem queria acreditar, gaguejou perguntas sobre como era possível um homem público ter uma mansão daquelas.
O angolano levou-o à janela.
- Está a ver aquela auto-estrada?
- Não...!!!!
- Nem eu...
Simpático, o ministro português convidou o outro a ir lá a casa.
O ministro angolano foi e ficou espantado com a bela vivenda. Em bairro chiquérrimo e com piscina.
Com a informalidade dos luandenses pôs-se a fazer perguntas.
- Com um ordenado que não chega a mil contos limpos, como é que o meu amigo conseguiu tudo isto? Não me diga que era rico antes de ir para o Governo?
O ministro português sorriu, disse que não, antes não era rico. E em jeito de quem quer dar explicações, convidou o outro a ir até à janela.
- Está a ver aquela auto-estrada?
- Sim, respondeu o angolano.
- Pois ela foi adjudicada por 100 milhões. Mas, na verdade, só custou 90... disse o português, piscando o olho.
Semanas depois, o ministro português foi de viagem a Luanda. O angolano quis retribuir a simpatia e convidou-o a ir lá a casa. Era um palácio, com varandas viradas para o pôr-do-Sol do Mussulo, jardins japoneses e piscinas em cascata.
O português nem queria acreditar, gaguejou perguntas sobre como era possível um homem público ter uma mansão daquelas.
O angolano levou-o à janela.
- Está a ver aquela auto-estrada?
- Não...!!!!
- Nem eu...
CHOCOLATE QUENTE
Um grupo de jovens licenciados, todos bem sucedidos nas carreiras, decidiu fazer uma visita a um velho professor, agora reformado.
Durante a visita, a conversa dos jovens alongou-se em lamentos sobre o imenso stress que tinha tomado conta das suas vidas e do seu trabalho. O professor não fez qualquer comentário sobre isso e perguntou se gostariam de tomar uma chávena de chocolate quente.
Todos se mostraram interessados e o professor dirigiu-se à cozinha, de onde regressou vários minutos depois com uma grande chaleira e uma grande quantidade de chávenas, todas diferentes - de fina porcelana e de rústico barro, de simples vidro e de cristal, umas com aspecto vulgar e outras caríssimas.
Apenas disse aos jovens para se servirem à vontade. Quando já todos tinham uma chávena de chocolate quente na mão, disse-lhes: - Reparem como todos procuraram escolher as chávenas mais bonitas e dispendiosas, deixando ficar as mais vulgares e baratas... Embora seja normal que cada um pretenda para si o melhor, é isso a origem dos vossos problemas e stress. A chávena por onde estais a beber não acrescenta nada à qualidade do chocolate quente. Na maioria dos casos é apenas uma chávena mais requintada e algumas nem deixam ver o que estais a beber. O que vós realmente queríeis era o chocolate quente, não a chávena; mas fostes conscientemente para as chávenas melhores...Enquanto todos confirmavam, mais ou menos embaraçados, a observação do professor, este continuou:
- Considerai agora o seguinte: a vida é o chocolate quente; o dinheiro e a posição social são as chávenas. Estas são apenas meios de conter e servir a vida. A chávena que cada um possui não define nem altera a qualidade da vossa vida. Por vezes, ao concentrarmo-nos apenas na chávena acabamos por nem apreciar o chocolate quente que Deus nos ofereceu. As pessoas mais felizes nem sempre têm o melhor de tudo, apenas sabem aproveitar ao máximo tudo o que têm. Vivei com simplicidade. Amai generosamente. Ajudai-vos uns aos outros com empenho. Falai com gentileza...... e apreciai o vosso chocolate quente.
(autor desc.)
Working On a Dream
Bruce Springsteen - Working On A Dream
Out here the nights are long, the days are lonely
I think of you and I'm working on a dream
I'm working on a dream
Now the cards I've drawn's a rough hand, darling
I straighten my back and I'm working on a dream
I'm working on a dream
I'm working on a dream
Though sometimes it feels so far away
I'm working on a dream
I know it will be mine someday
Rain pourin' down, I swing my hammer
My hands are rough from working on a dream
From working on a dream
I'm working on a dream
Though trouble can feel like it's here to stay
I'm working on a dream
Our love will chase the trouble away
[whistling interlude]
I'm working on a dream
Though it can feel so far away
I'm working on a dream
And our love will make it real someday
The sunrise come, I climb the ladder
The new day breaks and I'm working on a dream
I'm working on a dream
I'm working on a dream
I'm working on a dream
I'm working on a dream
Though it can feel so far away
I'm working on a dream
And our love will make it real someday
I'm working on a dream
Though it can feel so far away
I'm working on a dream
And our love will make it real someday
Li li li li li li
Li li li li li li li
Out here the nights are long, the days are lonely
I think of you and I'm working on a dream
I'm working on a dream
Now the cards I've drawn's a rough hand, darling
I straighten my back and I'm working on a dream
I'm working on a dream
I'm working on a dream
Though sometimes it feels so far away
I'm working on a dream
I know it will be mine someday
Rain pourin' down, I swing my hammer
My hands are rough from working on a dream
From working on a dream
I'm working on a dream
Though trouble can feel like it's here to stay
I'm working on a dream
Our love will chase the trouble away
[whistling interlude]
I'm working on a dream
Though it can feel so far away
I'm working on a dream
And our love will make it real someday
The sunrise come, I climb the ladder
The new day breaks and I'm working on a dream
I'm working on a dream
I'm working on a dream
I'm working on a dream
I'm working on a dream
Though it can feel so far away
I'm working on a dream
And our love will make it real someday
I'm working on a dream
Though it can feel so far away
I'm working on a dream
And our love will make it real someday
Li li li li li li
Li li li li li li li
BALADA DA ESTRADA DO SOL
por
Anónimo
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Sigo a estrada que me vai levar ao sol
Há sete dias que caminho sem parar
Sou uma criança com licença para sonhar
Leio histórias em sorrisos de embalar
E vou pedir ao Deus do sol para me adoptar
Perfilhar-me e nunca mais me abandonar
Afinal o sol também é meu
Quero o raio que só ele me prometeu
Nesta estrada o cansaço não existe
O fim esta longe mas o corpo não desiste
Levo nos braços a guitarra para tocar
Tenho por coro a velha estrela polar
E vou pedir ao Deus do sol para me adoptar
Perfilhar-me e nunca mais me abandonar
Afinal o sol também é meu
Quero o raio que só ele me prometeu
E vou pedir ao Deus do sol para me adoptar
Perfilhar-me e nunca mais me abandonar
Afinal o sol também é meu
Quero o raio que só ele me prometeu
André Sardet
André Sardet
Anedota
Duas equipas de futebol feminino, uma só de mulheres morenas e outra só de loiras, contrataram um autocarro de 2 andares para irem a um torneio noutra cidade.
A equipa das morenas foi no andar de baixo e a das loiras no andar de cima.
As morenas no andar de baixo iam muito divertidas e notaram que o andar de cima estava muito quieto.
Uma delas decidiu lá ir espreitar e viu que todas as loiras estavam geladas de pânico, segurando fortemente os braços de suas poltronas e todas olhando para a frente.
A morena perguntou:
- O que está acontecendo aqui? Nós devíamos ir todas alegres e felizes! Uma das loiras vira-se e responde:
- Pois, mas vocês têm motorista!!!
mail da Xana
Estudos
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Et voilá
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Pensamentos do dia
por
Tito
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Pensamentos
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'Aprendi que um homem só tem o direito de olhar outro de cima para baixo
para ajudá-lo a levantar-se'.
Gabriel Garcia Marques
Este homem é um Senhor!
por
Renato
em segunda-feira, 2 de março de 2009
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Peço desculpa ao Tito mas, este homem também é um Senhor!!!
É uma sugestão apenas... mesmo para quem não goste do "António, o Escritor".
Uma entrevista brilhante...
Um grande entrevistador, Mário Crespo, um entrevistado brilhante, António Lobo Antunes, "o Homem"!
Está no seguinte link: http://www.ala.nletras.com/videos.htm
Para os menos pacientes, ficam aqui uns trechos de uma outra entrevista de "António, o Homem"!
«Mas não há escapatória para a morte!
É mais simples do que se pensa. Este ano, tive um problema de saúde
e sofri isso na pele, acho que o problema está ultrapassado mas foi um
ano duro. E a minha atitude era sobretudo de espanto, e a minha
preocupação era ter uma atitude digna e não cobarde. Vi pessoas com
uma coragem extraordinária e aprendi com elas lições de vida,
coragem e dignidade. As pessoas comportavam-se como príncipes
perante a situação e eu pensava estou aqui com pessoas que são
melhores do que eu, com uma imensa dignidade no sofrimento. Isso
foi uma coisa que me comoveu muito e fez pensar que vale a pena
viver entre os homens e com eles. Todo o sofrimento é injusto... Em
nome do quê é que uma criança de três anos morre com um cancro ou
uma leucemia? É muito injusto, qual a razão disso? Sempre me
intrigou a razão deste sofrimento porque o do interior tê-lo-emos
sempre. Estamos carregados de dúvidas e certezas e as perguntas que
nos fazemos ficam muitas vezes sem resposta. Porque vivo assim, em
que falhei e magoamos pessoas sem darmos conta com uma frase que
para nós é completamente anódina. Julgo que o segredo é estarmos
atentos aos outros mas frequentemente não estamos e, sobretudo,
não reparamos que são diferentes de nós. Daí o problema de escrever,
como colocar em palavras coisas que por definição são anteriores às
palavras? Como tentar cercá-las com palavras? Há zonas em mim que
desconheço, portas que nunca abri e que, no entanto, aparecem nos
livros e provocam-me uma certa perplexidade ao querer saber de onde
é que isto vem, de que profundidades nossas, que todos temos.
Por isso resguarda tanto a vida privada?
Ela não tem importância nenhuma, só a mim me diz respeito. Quando
fui operado escrevi essa crónica sobre o cancro porque já havia tanto
jornalista e gente à volta do hospital que resolvi ser eu a dizer: Tenho
um cancro no intestino. Não me deu prazer nenhum dizê-lo e garanto
que não me deu prazer nenhum tê-lo. O pós-operatório foi horrível e
duro, felizmente tive a sorte de ter um grande cirurgião e de todos os
que lá trabalhavam serem de uma grande delicadeza. Só tenho
gratidão.
O cancro está controlado?
Está controlado, neste momento o que faço são revisões periódicas.
Claro que pode haver uma surpresa - pode haver sempre! - mas até
agora tem estado tudo bem. É óbvio que na véspera de uma revisão
estou tenso e fico assim até saber o resultado mas também sei que se
houver um problema o Henrique (o cirurgião) vai lá e resolve-o.
Preciso de tempo, preciso desse tempo, preciso ainda de trabalhar.
Está a lutar contra a morte apesar dela estar sempre presente nos
seus livros... Espero que a vida também! É inútil lutar contra a morte tal como é
inútil lutar contra a vida. É inútil porque a morte é uma puta -
desculpem o palavrão mas é a única palavra que encontro. Quando o
meu pai morreu, o padre que foi rezar a missa disse que detestava
aquilo porque nós não fomos feitos para a morte. De facto não
fomos... Há pessoas de quem gostávamos e que já não podemos tocar
e ver e cuja morte foi tão injusta. Ainda no sábado fui a enterrar um
camarada da guerra que morreu num acidente de automóvel. Foi
muito comovente ver aqueles homens duros, que fizeram a guerra, a
chorar como crianças. Eu chorei também, gostava muito dele e agora
quando nos reunirmos ele não vai lá estar. E não faz sentido que o Zé
não esteja. Eu tenho que viver pelo meu pai, pelo Cardoso Pires, pelo
Melo Antunes, estão dentro de mim até eu acabar.
Como contrariar a morte?
Ela corre mais depressa do que qualquer um de nós e a única coisa
que posso fazer para contrariar é escrever, a única duração que posso
ter é a que os livros tiverem. E aborrece-me que seja assim, é injusto
que seja assim, embora haja momentos em que todos nós desejamos
morrer, de desânimo e solidão. Há momentos em que quase temos
inveja dos mortos porque a vida nem sempre é agradável e fácil mas,
agora depois de ver as pessoas lutarem no hospital, senti que muitos
pensamentos que tinha eram indignos perante tanta grandeza.
Isso alterou a sua forma de ser?
Eu agora jogo com as cartas para cima, está tudo à vista porque é a
única maneira de viver. Demorei anos a perceber porque o
conhecimento da vida chega sempre tarde e pensamos que ocultando
conseguimos dar boa imagem aos outros. Agora é: eu sou assim!
Peguem, larguem, não posso ser amado pelo mundo inteiro embora a
sede de amor seja inextinguível.
Qual é a sua atitude perante Deus?
Existe um velho provérbio húngaro que diz que na cova do lobo não há
ateus, por isso julgo que não existe quem não acredite. O nada não
existe na física ou na biologia e quando se lêem os grandes físicos
entende-se como eram homens profundamente crentes, que chegaram
a Deus através da física e da matemática e que falavam de Deus de
uma maneira fascinante. A minha relação é a de um espírito
naturalmente religioso, cada vez mais, não no sentido desta ou
daquela igreja mas porque me parece que a ideia de Deus é óbvia.
Cada vez mais o é para mim. É um bocado como diz Einstein, quando
afirma que Deus não joga aos dados.
Como é essa relação?
É claro que me zango com Deus porque permite o sofrimento, mas
talvez os seus desígnios tenham tais profundezas que não atinjo. O
sofrimento sempre me foi incompreensível porque nascemos para a
alegria. A minha atitude em relação à religião é essa, não estou a falar
de igrejas, estou a falar em relação a Deus e não acredito quando as
pessoas dizem que são agnósticas ou ateias. Não estou a dizer que a
pessoa não esteja a ser sincera, mas dentro dela e em qualquer ponto
há algo... Uma vez perguntaram ao Hemingway se acreditava em Deus
e a resposta foi às vezes, à noite.
Então à noite também acredita?
Acredito sempre mas a dúvida e pôr constantemente em questão é
próprio da fé. Muitas vezes pergunto-me será que existe? É óbvio que
sim.".
Vai começar mais uma semana
por
Tito
em domingo, 1 de março de 2009
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