Numa pequena vila e estancia na costa sul da França, chove, e nada de
especial acontece.
A crise sente-se.
Toda a gente deve a toda a gente, carregada de dividas.
Subitamente, um rico turista russo, chega ao foyer do pequeno hotel
local. Pede um quarto e coloca uma nota de E100 sobre o balcão, pede
uma chave de quarto e sobe ao 3º andar para inspeccionar o quarto que
lhe indicaram, na condição de desistir se lhe não agradar.
O dono do hotel pega na nota de E100 e corre ao fornecedor de carne
aquem deve E100, o talhante pega no dinheiro e corre ao fornecedor de
leitões a pagar E100 que devia há algum tempo, este por sua vez corre
ao criador de gado que lhe vendera a carne e este por sua vez corre a
entregar os E100 a uma prostituta que lhe cedera serviços a crédito.
Esta recebe os E100 e corre ao hotel aquem devia E100 pela utilização
casual de quartos à hora para atender clientes.
Neste momento o russo rico desce à recepção e informa o dono do hotel
que o quarto proposto não lhe agrada, pretende desistir e pede a
devolução dos E100. Recebe o dinheiro e sai.
Não houve neste movimento de dinheiro qualquer lucro ou valor acrescido.
Contudo, todos liquidaram as suas dividas e os elementos da pequena
vila costeira encaram agora o futuro com um renovado optismo.
Há experts em alta finança que chamam a isto economia.
Dá que pensar!...
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