Muitas pessoas criam uma mente e uma vida mais ou menos agitada, uma superactividade interior e/ou exterior, porque se assustam perante o facto de estarem vazios, de que não haja nada, interiormente, que os sustenha.
Este pensamento é raramente consciente. E quando se torna consciente, a primeira reacção é muitas vezes: "Eu nem quero mesmo tomar conhecimento de que tenho medo disto. Continuo a ocupar a minha mente e a minha vida, de modo a não enfrentar o terror de que não tenho nada por dentro, de que eu sou uma pessoa que precisa de se manter através de relacionamentos com o exterior".
É necessário criar uma atmosfera interior, de modo a permitir que este vazio exista. De outra maneira é um constante engano, o que é um desperdício, porque o medo é injustificado.
Quando o tumulto pára, deverá abraçar e dar as boas vindas ao vazio, como o mais importante canal, através do qual, se contacta com o Deus interior.
Se não se consegue ficar vazio, nunca se poderá preencher. Abrace o vazio como uma porta para a sua divindade.
A mente exterior deve tornar-se vazia e receptiva, ainda que preparada para todas as possibilidades.
Quando se faz isto, num espirito paciente, perseverante, com expectativa positiva, ainda que, com uma mente vazia, uma nova totalidade pode manifestar-se.
O vazio criativo, receptivo, deve ser verdadeiramente nutrido. Ouve-se com um ouvido interno.
Esta é a única maneira de se encontrar substância interior, a divindade, e tornar-se receptivo ao grande poder universal que se manisfestará na vida, mais do que já alguma vez se experimentou.
O Caminho
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