Junho, 1988
A minha turma tinha sido apurada para a final de basquetebol num torneio feminino inter-turmas e, pela importância que tal tinha para mim, havia pedido ao meu pai para que fosse assistir ao jogo.
O jogo começou e o meu pai não estava lá. Triste, tentei concentrar-me na disputa e até marquei dois cestos (entretanto, havíamos sofrido um). O jogo foi decorrendo até que fizeram falta sobre mim. Tinha que marcar livre directo. Quando me passaram a bola, olhei para fora do campo e vi o meu pai com os braços cruzados sobre as grades. O jogo estava a acabar e, embora estivessemos a ganhar com dois cestos meus, tinha a oportunidade de fazer um brilharete...As claques gritavam o meu nome; sentia que o meu coração ía saltar para fora; transpirava de ansiedade e nervosismo porque o meu pai estava a ver. Olhei para a bola, depois para o cesto e tentei encestar...a bola saiu desviada uns bons metros...Falhei!
O jogo acabou e vencemos o torneio. Quando cheguei à beira do meu pai, deu-me os parabéns e perguntou: "Afinal, qual foi o resultado final?". Respondi: "4-2", ao que me interpelou sem demora: "Fogo, isso até parece o resultado de um jogo de futebol!" Dei uma gargalhada que foi respondida com um beijo na minha testa...
A presença do meu pai foi determinante. Nunca mais esqueci esse dia. Foi mais importante ele ter lá estado (mesmo só tendo visto o meu desastre) do que o resultado do torneio. Aliás, se ele não tivesse ído, provavelmente nem me lembraria do jogo...
Porque as homenagens são para ser feitas em vida e porque quando são merecidas devem ser tornadas pública, quero manifestar reconhecimento do EXCELENTE PAI que tenho!
Beijocas!
2 koices:
Tu não falhaste. O cesto é que saiu do sítio. Um beijo para ti.
Xana, Parabéns pelo artigo. Nota-se bem o carinho e amor que tens pelo teu pai.
Eu também tenho um pai que amo muito e existe entre nós uma cumplicidade muita grande (às vezes até parece ser mágica).
Um beijo, para ti, Pai Almeida.
Tu não falhaste. O cesto é que saiu do sítio. Um beijo para ti.
Xana, Parabéns pelo artigo. Nota-se bem o carinho e amor que tens pelo teu pai.
Eu também tenho um pai que amo muito e existe entre nós uma cumplicidade muita grande (às vezes até parece ser mágica).
Um beijo, para ti, Pai Almeida.
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