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SEM CARROS

Felizmente Espinho, a minha cidade não aderiu a essa forma particularmente ridícula de infernizar ainda mais a vida de quem trabalha.
Se algum dia as autarquias quiserem fazer algo contra a poluição automóvel, podem adoptar o seguinte esquema: primeiramente, todas as viaturas municipais passam a utilizar exclusivamente combustíveis não poluentes, tipo gaz; numa segunda fase, seria a vez da obrigatoriedade de todos os veículos de serviço de taxi utilizarem o gaz. E em terceiro lugar, também os autocarros dos serviços urbanos ficariam abrangidos por essa obrigação. De certeza que em 5 anos tais medidas seriam possíveis de implementar e, aí sim, os cidadãos poderiam agradecer passarem a ter um melhor ambiente.
É obvio que como ideia nao é má de todo, mas falta-lhe o sal para ser uma medida com eficácia.Dia Mundial da Demagogia
Será que os senhores de Bruxelas ainda não perceberam que iniciativas como esta, do Dia Mundial sem Carros, só servem para irritar quem não tem outro meio de locomoção para o seu trabalho, para a diminuição da produtividade nacional e europeia?
Se querem fazer algo de concreto contra o excesso de tráfego nos centros urbanos, eis algumas decisões, estruturais:
- Sigam o exemplo de Londres e criem portagens para quem circula no centro das grandes cidades, com descontos para moradores;
- Aumentem o custo do estacionamento nas cidades e ofereçam estacionamento gratuito nas entradas das cidades, junto de acessos à cidade por autocarro, metro ou combóio;
- Aumentem o número de faixas e artérias específicas para transportes públicos, diminuam os trajectos destes e aumentem a oferta. Havendo transportes, as pessoas andarão menos de carro;
- Apostem nos interfaces entre redes de transportes: paragens de autocarro junto a saídas de metro, estações de metro no aeroporto e nas principais gares ferroviárias, rodoviária e marítima;
- Controlem a circulação nas cidades, por exemplo, por séries de numeração dos carros (esta é a mais extrema, se estivermos mesmo nos limites da poluição...).

E já agora, os presidentes de câmara que são contra a esta imbecilidade que é o Dia Mundial das Cidades sem Carros, ao menos assumam-no, não façam estas figuras ridículas e demagógicas do "concordamos, mas não participamos" ou "encerramos duas ruas para mostrar que estamos solidários com a causa".