Não sei se conheci bem os teus olhos. Sei que eram lindos, como não?! Eram teus! Eram verdes. E quando deixavam de o ser, eram cinzentos azulados. Era através deles que me sentia adorado. Porque se não mo dizias, olhavas. Com uma certeza da qual nunca duvidei. Também eram pequenos. Mas o espelho de um grande homem. Foram sempre atentos. Sempre cuidados. Nem sempre cuidadosos, contigo. Eram calculadores, nunca calculistas. Doces quando os deixavas ser. Traidores porque não escondiam o teu estar. Preocupados, mais do que deviam. Matreiros quando queriam. Felizes quando te rias. Mas neles assisti ao desespero quando te vi chorar.
Os teus olhos eram geniais. São-no ainda, mesmo que já não os possa ver. Porque afinal conheci-os. Os meus deram-me uma imagem dos teus. Para que os possa sempre ter a olhar os meus.
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