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História de Portugal - 1ª Dinastia

O Conquistador (D.Afonso Henriques) - Nasceu. Cresceu. Revolta-se contra a mãe. Farta-se de estar sossegado no seu quintal e negoceia com a Santa Sé a plena autonomia da Igreja portuguesa, o reconhecimento do reino português e consequentemente o seu título de rei. Conquista terras desde Guimarães até à actual província do Alentejo.

O Povoador (D.Sancho I) - Senhor de uma enorme compleição física - herdada de seu pai - dedicava-se nos tempos vagos, que não eram tantos quanto se possa imaginar, a povoar as terras anteriormente conquistadas. Demorou algum tempo e gastou-lhe imensa energia, pois tinha de andar constantemente de um lado para o outro a fecundar as jovens e tenras moçoilas. Farto desta vida ainda tentou conquistar o Algarve para passar lá a sua reforma, mas da mesma maneira que conquistou Silves... a perdeu depois. Chateou-se com o clero. Fez as pazes com o clero.

O Gordo (D.Afonso II) - Nasceu. Comeu muito. Engordou imenso. Ficou com o cognome d'O Gordo. Foi no seu reinado que parece ter saído a primeira colectânea de leis gerais para Portugal. Foi excomungado.

O Capelo (D.Sancho II) - Assim designado para a história (O Capelo) devido a usar o hábito da Ordem de S. Francisco (ou de se ter filiado nela). Chegou a acordo com o clero. Partiu à conquista do sul da Península Ibérica. Bom guerreiro. Administrador medíocre. Deposto pelo irmão Afonso III. Morreu em Toledo.

O Bolonhês (D.Afonso III) - Grande apreciador da comida italiana, casou-se com D.Matilde, condessa de Bolonha. Conquista definitivemente o Algarve. Morre D.Matilde. Casa-se com D.Beatriz. Administrador notável.

O Lavrador (D.Dinis) - Adorava lavrar a terra e plantar couves-galegas. Aliás, desconfia-se que toda a couve-galega hoje existente em Portugal, tenha origem nas milhares de sementes que D.Dinis andou espalhando pelo território português. Possuía nas traseiras do seu quarto uma hortita onde plantava rosas, as quais mais tarde apareceram no regaço da Rainha Santa Isabel. Como foram lá parar ainda hoje é uma incógnita. Dedicou-se ainda a escrever cantigas para os amigos. Gostava de fazer piqueniques em Leiria, e segundo costa, os despojos de uma das suas fartas refeições (muitas, muitas sementes) viriam a dar origem ao pinhal de Leiria.

O Bravo (D.Afonso IV) - Nasce. Declara guerra ao genro castelhano. Faz as pazes com Castela. Investe na marinha. Setencia à morte a amante do filho. Chateia-se com o filho. Faz as pazes com o filho.

O Justiceiro (D.Pedro I) - Adorava a justiça. O seu signo era balança. O seu prato preferido era miúdos de frango à espanhola. Chateia-se com o pai por causa deste ter mandado matar a sua amante. Faz as pazes com o pai. Passa a andar de terra em terra apregoando e executando a Justiça, seja entre o povo ou entre a nobreza. Vinga-se dos executores da sentença de morte decretada pelo pai.

O Formoso (D.Fernando I) - Também designado pelo Inconstante. Nasce. Passa a vida entre períodos de guerra e de paz. Promulga a lei das Sesmarias. Morre deixando o reino completamente arruinado e em risco de perder a sua independência - crise de 1383/1385.

in "Dicionário Baldas"