Cruzei-me com os meus vizinhos do andar de cima num número de limte de 5 vezes: 3 na garagem e 2 no vão das escadas. Sem nunca ter conversado com eles sei o seguinte: trata-se de casal jovem (devem ter entre os 30 e os 35 anos) com 2 filhos (o JP - deve ter 6/7 anos e a MJ - uns 4/5). A avaliar pela gritaria que se ouve quando joga o Glorioso, toda a família é adepta do F.C.P. (a grande mais-valia desta característica é que, quando os jogos só são transmitido pela Sport Tv, não preciso de ligar o rádio para saber quando o Porto marca - se não se ouvir qualquer ruído sei que o meu clube empatou ou perdeu,...).
Os pequenos adoram jogar berlindes e tomam banho juntos religiosamente cerca das 20h30; o JP detesta a avó, pelo número de vezes que a chama de "estúpida" e a MJ destesta sopa, pela quantidade de chamadas de atenção da mãe, no sentido de o fazer.
A mãe acorda cerca das 06h30 porque às 07h00 adora passear os tacões no seu quarto e o pai faz ginástica até cerca das 20h00 - das vezes que me cruzei no elevador trazia um saco de ginástica e vinha, um tanto ao quanto, nauseabundo,...
Depois há o avô que aparece, nomeadamente ao fim-de-semana. Deve ter problemas de audição porque consigo ouvi-lo dizer da porta de baixo "SOU EU" (sem ligar o intercomunicador) e, logo, de seguida, a MJ abre a porta e diz "AVÔ!". O sr. também deve ter alguma quinta, pela força que exerce quando fecha a porta...
Enfim, entre outras coisas, e sem ter tido a mínima intenção, (bem pelo contrário) vou-me apercebendo destas pequenas coisas.
Agora, pergunto: fui eu que invadi a privacidade deles ou são eles que vão invadindo a minha, sem pedir licença e impondo os seus rituais no meu sossego que tanto prezo?
Foi só um desabafo,...
Beijocas!
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