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Uma questão de imagem!

Perceber o outro (ou, melhor, perceber a forma como o outro percebe) tem que ver com a observação atenta do seu comportamento verbal e não-verbal. No meu ponto de vista, este último acaba por ser mais significativo, uma vez que, o seu falseamento é mais complicado do que a utilização da palavra...Podemos dizer que não estamos envergonhados, mas se ruborizarmos, não há mentira que o esconda...
Com frequência me apercebo que as pessoas vivem, cada vez mais, de uma imagem que querem transmitir e que, quase nunca, corresponde à essência do que são...Provavelmente, usam-na para esconder aquilo que não querem que os outros saibam: há pessoas de uma arrogância brutal que vivem as mais profundas inseguranças; profissionais déspotas que são familiares subservientes; lutadores invencíveis que se pelam de insectos,...No fundo, são máscaras com efeito protector, mas que, levadas a um extremo, só prejudicam o próprio e quem está próximo; são formas de compensar o medo se não ser aceite pelo que se é; é a falta de auto-confiança por descrença das próprias características.
Dizem os entendidos ( e refiro-me à teoria da "Janela de Johari") que o "eu aberto" é diametralmente oposto ao "eu oculto" porque só cada um de nós se conhece verdadeiramente e só mostra o que quer,...Ora, isto também faz algum sentido, já que temos o direito de respeitar a nossa privacidade e de apenas a revelar a quem julgamos considerar da nossa mais inteira confiança,...
Digamos que a "imagem" é algo que deve ser usado em q.b. e de forma adequada, consoante as circunstâncias e as pessoas que nos rodeiam...
Fiquem atentos à vossa imagem!
Beijocas!