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Apenas sou um cavalo de outra côr

Porque não bebo como eles até a última e desvastada memória líquida? Porque não arrumo no espelho uma lágrima cheia de evocações, rumo ao vértice dos gelos e faço de copo. Porque não bebo do nectar da chuva a rasura do sol? Porque apenas sou um cavalo de outra côr.