São muitos, os velhos, em Portugal. Oitocentos mil. Há quem use a palavra idosos, mas eu não gosto. Prefiro velhos. Idosos nem sequer é um eufemismo, é uma etiqueta. É uma palavra sem afecto, sem valor para além do que significa, nua e cruamente, uma pessoa com "bastante idade".
O Público pôs alguns destes muitos milhares a falar de um sonho possível e quase todas as respostas vão dar à dor, ou antes, a uma dor: à solidão, à doença, à falta de dinheiro para enfrentar os altos custos da idade, à fragilidade. Alguns, ainda têm força para sonhar um sonho realizável, como fazer uma viagem.
Pergunto eu : E então não é o sonho que comanda a vida?
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