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Deixa-te ficar na minha casa

Tenho livros e papéis espalhados pelo chão
A poeira de uma vida deve ter algum sentido
Uma pista, um sinal, num qualquer coração
Uma frase onde te encontre e me deixe comovido
Guardo na palma da mão o calor dos objectos
Com as datas e locaisPorque brincas, porque ris?
E depois o arrepio, a memória dos afectos
Hum, hum, hum, hum, hum
Que me deixa mais feliz
Deixa-te ficar na minha casa
Há janelas que tu não abriste
O luar espera por ti quando for a maré vaza
Ainda tens que me dizer porquê que nunca partiste
Está na mesma esse jardim com vista sobre a cidade
Onde fazia de conta que escapava do presente
Qualquer coisa que ficou que é da nossa eternidade
Hum, hum, hum, hum, hum
Afinal eternamente
Deixa-te ficar na minha casa
Há janelas que tu não abriste
Deixa-te ficar na minha casa
Há janelas que tu não abriste
O luar espera por ti quando for a maré vaza
Ainda tens que me dizer porquê que nunca partiste.

Filarmónica Gil