RSS

25

Tempos estranhos esses desse quarto de século.
Não que antes tenha sido diferente, mas acho que muito mais pelo contexto, pelos acontecimentos inesperados, pelas surpresas que não acabam de brotar.
Tenho sido tão eu ultimamente que me tenho desconhecido. Por estar assim tão próxima de mim, dos meus sentimentos, sinto que nunca estive tão mergulhada na minha existência, nas minhas próprias angústias e tensões diárias.
Experimento nessa minha primeira maturidade (talvez) algo de que tenho certeza de não poder esquecer jamais.
Acordo com a mente voltada para o Norte e vou dormir com ela para Sul, assim, como quem passeia pelo mundo num só dia. Tempo de estar numa mesma esfera, desprotegida do conhecido lado cómodo, das certezas, dos sonhos criados e mantidos como únicos e possíveis.
Descubro, a cada dia dos meus 25 anos as imensas possibilidades, a grandiosidade da vida e os seus infinitos caminhos, nada comparado ao que sempre pensei.
A vida sempre me veio numa caixinha, embalada com um laço de fita rosa, acomodada na mais profunda protecção da prateleira do meu quarto.
A minha surpresa diária é descobrir o que de facto leio tanto, ouço tanto, mas não tinha compreendido até então.
Não tenho o menor controlo sobre minha vida.
Por mais que tenha as escolhas, e estas são também estranhos rumos que surgem no meio das confusas situações, a minha vida é uma zebra: indomesticável.
Então, feita essa desconhecida-conhecida descoberta, resta-me apenas domesticar a minha natureza na aceitação do inevitável. E isso custa mais do que tudo.
Não é só saber a existência do descontrole, é travar uma batalha diária mente-corpo-universo no caminho da aceitação do irreprimível. É tentar domar o meu lado mais humano, egoísta, que acha que pode e manda, que faz e desfaz.
Nos meus 25 anos descubro que não sou criadora, sou só criatura.

2 koices:

Tito disse...

Por muito que a zebra se inquiete,o que ela está a dizer é o que pensa e não o que sente.Quando uma zebra foi carregada de mimos, depois já não há mimo que produza efeito, então, tem de procurar novos objectivos para ter o retorno dos afectos que ainda não tem, por isso aqui fica um conselho:- A procura do amor, por muito que custe, é sempre a melhor solução. Tem um bom dia. Obrigado por teres partilhado connosco. Isso denota coragem e coragem é um valor fantástico.

Anónimo disse...

Uma aceitação paciente da situação permitirá adquirir a clareza necessária, a fim de superar as dúvidas e inquietações que surgem.

Tito disse...

Por muito que a zebra se inquiete,o que ela está a dizer é o que pensa e não o que sente.Quando uma zebra foi carregada de mimos, depois já não há mimo que produza efeito, então, tem de procurar novos objectivos para ter o retorno dos afectos que ainda não tem, por isso aqui fica um conselho:- A procura do amor, por muito que custe, é sempre a melhor solução. Tem um bom dia. Obrigado por teres partilhado connosco. Isso denota coragem e coragem é um valor fantástico.

Anónimo disse...

Uma aceitação paciente da situação permitirá adquirir a clareza necessária, a fim de superar as dúvidas e inquietações que surgem.