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História - Birkenau





Auschwitz-Birkenau é o nome de um grupo de campos de concentração localizados no sul da Polônia, símbolos do Holocausto perpretado pelo nazismo. A partir de 1940 o governo alemão comandado por Adolf Hitler construiu vários campos de concentração e um campo de extermínio nesta área, então na Polônia ocupada. Houve três campos principais e trinta e nove campos auxiliares.
Auschwitz II (Birkenau) é o campo que a maior parte das pessoas conhece como Auschwitz. Ali se encerraram centenas de milhares de judeus e ali também se executaram mais de um milhão de judeus e ciganos.
O campo está localizado em
Brzezinka (Birkenau), a 3 km de Auschwitz I. A construção se iniciou em 1941 como parte da Endlösung (solução final). O campo tinha uma extensão de 2,5 km por 2 km e estava dividido em várias seções, cada uma delas separadas em campos. Os campos, como todo o complexo inteiro estavam cercados e rodeados de arame farpados e cercas elétricas (alguns prisioneiros utilizaram o cerco elétrico para cometer suicídio). O campo albergou até 100.000 prisioneiros em um dado momento.
O objetivo principal do campo, não era de manter prisioneiros como força trabalhista (como era o caso de Auschwitz I e III) mas sim para o extermínio. Para cumprir com este objetivo, equipou-se o campo com quatro crematórios com
câmaras de gás. Cada câmara de gás podia receber até 2.500 prisioneiros por turno. O extermínio a grande escala começou na primavera de 1942.
A maioria dos prisioneiros chegava ao campo por trem, com freqüência logo depois de uma terrível viagem em vagões de carga que durava vários dias. A partir de 1944 se estendeu a linha do trem para que chegasse diretamente ao campo. Algumas vezes, ao chegar o trem, os prisioneiros eram passados diretamente para as câmaras de gás. Geralmente os meninos, os anciões e os doentes eram enviados diretamente para as câmaras de gás.
Quando um prisioneiro passava a seleção inicial, era enviado a passar um período de quarentena e logo lhe atribuía uma tarefa ou era enviado a trabalhar em algum dos campos de trabalho anexos.
Aqueles que eram selecionados para exterminação eram enviados a um dos grandes complexos de câmaras de gás/crematório para os extremos do campo. Dois dos crematórios (Krema II e Krema III) tinham instalações subterrâneas, uma sala para despir uma câmara de gás com capacidade para milhares de pessoas. Para evitar o pânico, informava às vítimas que receberiam ali uma ducha e um tratamento desinfetante. A câmara de gás inclusive tinha tubulações para duchas, embora nunca foram conectadas com o serviço de água. Ordenava as vítimas que se despissem e deixassem seus pertences no vestiário, onde supostamente as poderiam recuperar ao final do tratamento, de maneira que deviam recordar o número da localização de seus pertences. Uma vez selada a entrada, descarregava-se o agente tóxico
Zyklon B pelas aberturas no teto. As câmaras de gás nos crematórios IV e V tinham instalações na superfície e o Zyklon B se introduzia por janelas especiais nas paredes. Logo depois de mortos, os corpos eram levados a uma sala de fornos anexa por prisioneiros selecionados, chamados Sonderkommandos onde eram queimados.
Havia dias em que os fornos não se davam provisão e se tinha que queimar os corpos em fogueiras ao ar livre.