Finalmente reapareceu. Logo pela manhã, o melro, empoleirou-se e cumprimentou-me. Esbocei um sorriso por revê-lo que depressa se desvaneceu porque logo de seguida chegou companhia para o melro. Era um melro fêmea, elegantíssima, toda produzida, com roupa cintada, lábios pintados e um anel. Que lindo anel. Mas como não fui capaz de prever? O melro estava casado. Fiquei ciumento, mas percebi. Tinha sido a escolha dele. Ele não tinha culpa de eu ter alimentado ilusões acerca de uma relação, mas rapidamente percebi qual era o meu lugar.
Agora que perdi uma ilusão, ganhei uma dor, mas sei por experiência própria que é a dor que nos recoloca no nosso lugar e nos reduz à dimensão de um pequeno grão de areia de poeira cósmica em que nos tornamos em momentos de esmagamento.
Por outro lado descobri que me surgiu uma nova oportunidade. A oportunidade de aprender a voar para poder ir ao encontro de quem me ama e lhe oferecer o meu anel. Obrigado Melro. Até já.
Agora que perdi uma ilusão, ganhei uma dor, mas sei por experiência própria que é a dor que nos recoloca no nosso lugar e nos reduz à dimensão de um pequeno grão de areia de poeira cósmica em que nos tornamos em momentos de esmagamento.
Por outro lado descobri que me surgiu uma nova oportunidade. A oportunidade de aprender a voar para poder ir ao encontro de quem me ama e lhe oferecer o meu anel. Obrigado Melro. Até já.
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