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Corrida pela vida



Aos 14 anos conquistou o primeiro título, sagrando-se Campeão Nacional de Karting à frente de Pedro Lamy. O destino não permitiu dar sequência a uma promissora carreira, mas aos 35 anos iniciou a maior e mais difícil luta da sua vida: o Cancro! Um ano volvido, a batalha está ganha, sendo chegada a hora de demonstrar que vale a pena acreditar no futuro: “Corrida pela Vida” é nome do projecto com que Luís Pedro Magalhães vai participar no PTCC (Campeonato Nacional de Velocidade de Turismo) e, se os apoios entretanto chegarem, na prova a contar para o “Mundial” que, em Julho, vai integrar o programa do Circuito da Boavista.

A palavra “cancro” continua a ser sinónimo de medo e Luís Pedro Magalhães é o primeiro a reconhecer que não foi fácil enfrentar a realidade. A notícia de que as células se tinham reproduzido de forma indistinta num pulmão foi-lhe dada em Março do ano passado, mas depois do choque inicial, foi chegada a hora de enfrentar e – mais do que isso! – vencer a batalha.

Aos 35 anos, o termo “resignação” como que foi riscado de uma folha de dicionário que raramente foi folheada. A resignação deu lugar à determinação. Um antónimo que poucos têm coragem de assumir, mas que Luís Pedro Magalhães encarnou em nome de um sonho, mas também de uma causa: regressar às competições de automobilismo, transmitindo uma mensagem positiva e de esperança.

Quando foi confrontada com o projecto, a Liga Portuguesa Contra o Cancro assumiu-o de imediato. “O Luís Pedro Magalhães é um testemunho vivo de que vale a pena lutar contra o cancro e isso sensibilizou-nos imenso”, reconhece Alexandrino Oliveira, secretário do Núcleo Regional do Norte e vogal da direcção da Liga a nível nacional. “Por outro lado, o projecto assenta em contornos inéditos, já que nunca antes tínhamos estado associados ao automobilismo, um desporto com imensos entusiastas e muito abrangente em termos etários e estratos sociais. Por tudo isso, mas também pelas diversas acções promocionais que estão previstas e pela certeza de que vamos atingir um impacto considerável – com todas as implicações em termos de mensagem de esperança – é claro que tínhamos de estar associados ao projecto”.