O dia amanheceu chuvoso. As nuvens pintaram-se de cinza e eis que de repente avisto o melro na árvore onde costuma poisar. Fixo o meu olhar e reparo que este não é o melro, meu companheiro de tantas horas, dias, meses e anos. Este melro é muito jovem, é esquelécticamente longilíneo, tem o bico amarelo como se tivesse saído de fábrica e olhou-me como se fosse a primeira vez. Este melro teve o condão de me despertar para a realidade. A vida para os melros, também dá muitas voltas. Ainda bem, acrescento eu.
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