Estava a tentar aguentar até ao próximo fim-de-semana para escrever sobre este assunto (o nosso blog tem-se tornado tão comercial que, tal como nos jornais, a frequência de leitura é superior aos sábados e domingos), mas o desejo foi tal que teve que ser mesmo hoje...
"À noite, na cama, quando a proximidade roçava os limites do possível, não estavamos só rodeados de prazer e de êxtase; os dois corpos juntos, com a mesma cor, o mesmo cheiro e a mesma pele colavam-se como duas folhas de papel molhadas e uniam-se deliciosamente, enquanto agarravamos as mãos, a cabeça, as costas e as pernas um do outro. Amor e sexo não são a mesma coisa e raramente se juntam na mesma cama, mas quando isso acontece, há uma alquimia secreta e indecifrável que a pele guarda religiosamente na sua memória e que a células não esquecem." (in "Diário da tua ausência" de Margarida Rebelo Pinto)
Se assim é, porque se faz sexo por sexo? Se podemos ter o mil, porque ficamos pelo cem? Até que ponto a necessidade fisilógica do prazer físico é sobreponível à sensação que o amor oferece? Até se entende, quando a alternativa do amor não é possível, mas quando se ama e se é amado, para quê a fuga a outro tipo de estratégias?! Ou será que ainda vivemos na era de que só se extravaza com pessoas alheias ao "oficialmente associado", ficando o que é "legítimo" para "tarefas mais domésticas" (se é que me faço entender)?
A reflectir...
Beijocas!
0 koices:
Enviar um comentário