Os hospitais não controlam as ausências dos médicos para acções de formação nem o efectivo interesse das iniciativas, na maioria patrocinadas pela indústria farmacêutica.
Em 2005, o Serviço Nacional de Saúde gastou pelo menos 3,366 milhões de euros com vencimentos e subsídios de refeição de profissionais ausentes do serviço, muitos dos quais não respeitaram o limite anual de horas previsto para o efeito nem entregaram o relatório comprovativo da efectiva participação nos eventos.
…
Nos 36 hospitais analisados, foram detectados 119 casos em que os profissionais excederam o limite anual de 15 dias de ausência para formação. Houve mesmo quatro estabelecimentos em que, para o mesmo evento, foi autorizada a participação de médicos por períodos diferentes.
…A Inspecção-Geral de Saúde (IGS) … recomenda a realização de auditorias clínicas a 14 médicos.
Destes profissionais, 10 apresentam os números anuais mais elevados de consultas (quatro vezes acima do limite máximo recomendado pela Organização Mundial de Saúde) e um deles encargos com a prescrição no total de quase um milhão de euros.
Há ainda dois casos de médicos que prescreveram fármacos "muito acima do expectável" e uma situação em que foram receitadas mais de 350 doses de um medicamento "cuja utilização clínica não é recomendável".
A tudo o que acima se descreve, o Ex.mo Bastonário da respeitadíssima Ordem dos Médicos, reagiu dizendo,
Em 2005, o Serviço Nacional de Saúde gastou pelo menos 3,366 milhões de euros com vencimentos e subsídios de refeição de profissionais ausentes do serviço, muitos dos quais não respeitaram o limite anual de horas previsto para o efeito nem entregaram o relatório comprovativo da efectiva participação nos eventos.
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Nos 36 hospitais analisados, foram detectados 119 casos em que os profissionais excederam o limite anual de 15 dias de ausência para formação. Houve mesmo quatro estabelecimentos em que, para o mesmo evento, foi autorizada a participação de médicos por períodos diferentes.
…A Inspecção-Geral de Saúde (IGS) … recomenda a realização de auditorias clínicas a 14 médicos.
Destes profissionais, 10 apresentam os números anuais mais elevados de consultas (quatro vezes acima do limite máximo recomendado pela Organização Mundial de Saúde) e um deles encargos com a prescrição no total de quase um milhão de euros.
Há ainda dois casos de médicos que prescreveram fármacos "muito acima do expectável" e uma situação em que foram receitadas mais de 350 doses de um medicamento "cuja utilização clínica não é recomendável".
A tudo o que acima se descreve, o Ex.mo Bastonário da respeitadíssima Ordem dos Médicos, reagiu dizendo,
PASME-SE :
…
“O que este país precisa é de polícias. Eu não sou a favor de gatunos, mas dos polícias. É mais útil para todos que a Inspecção de Saúde detecte irregularidades e puna os prevaricadores, em vez de produzir relatórios. Mais acção e menos conversa na praça pública.”
…
“…é natural que haja até mais corruptos do que os identificados. Ficaria preocupado é se houvesse mais médicos corruptos do que ministros corruptos. Se forem na mesma proporção...”
…
“Globalmente, os médicos ficaram muito bem no retrato.”
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O mesmo Doutor Pedro Nunes, alguns dias atrás, considerou
“lamentável, imprópria e populista a decisão do Governo de controlar a assiduidade dos profissionais de Saúde", que, na sua opinião, "só vai causar perturbações”.
Acrescentou ainda que "É uma medida que ofende os médicos",
adiantando que
"os médicos trabalham muito mais do que para aquilo que lhes pagam"
"Se um elemento da equipa chegar atrasado, acaba por ser banido pelos restantes colegas"
Pois …
Nós todos sabemos o quanto eles devem ter ficado ofendidos !!
Também quase todos nós sabemos como funciona o cumprimento de horários da generalidade dos ditos profissionais …
E também todos sabemos que, realmente, quando um chega atrasado, logo os outros se manifestam …
Não há paciência !!
Haja quem faça frente a uma Classe que, na nossa sociedade, se presume intocável !
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Já agora, parece-me que declarações deste gabarito devem deixar mortos de vergonha aqueles MÉDICOS que, conscienciosa e atentamente, cumprem o seu dever de atendimento de doentes nos diversos serviços públicos. Porque também os há ... são poucos ... as tais excepções que confirmam as regras ...
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