Na sociedade contemporânea a felicidade tornou-se um dever. Quem não entra na corrida por ser feliz é descriminado, é um “cinzentão”, um “chato”, um inadaptado, alguém que desperdiça a vida, um looser (para usar um anglicismo muito na voga e que bem reflecte o actual estado de coisas). A felicidade tornou-se na ideologia dominante. Dizer que não somos felizes, ou que não nos estamos a esforçar nesse sentido, é cometer a maior das heresias: “se não és feliz é porque não queres”.Como a felicidade entrou neste horizonte ideológico e, como qualquer ideologia, se converteu numa espécie de cegueira é o tema deste livro de Pascal Bruckner, filósofo e escritor francês, autor de diversas obras sobre aspectos vitais da existência humana.
in "sorrir"
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