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Porque precisamos ...

... de falar de aborto

De 210 milhões de gravidezes que ocorrem cada ano em todo o mundo, cerca de 46 milhões, ou seja um quinto, acabam em abortos.
Mesmo num mundo ideal em que todos e cada um tivessem acesso a contraceptivos modernos e os usassem correctamente, continuaria a existir um número estimado de 6 milhões de gravidezes não planeadas, pela simples razão que
nenhum contraceptivo é 100 % eficaz.
No entanto, o drama real relativamente ao aborto é que a maioria da população mundial não tem acesso a serviços de aborto seguros. Mais de 43 % dos abortos são feitos em condições inseguras, e 70.000 mulheres morrem cada ano devido a complicações relacionadas com o aborto.
  • Uma gravidez não planeada é quase sempre um choque.
  • Entra na lista de coisas “ que não me acontecem a mim”.
Quando de facto acontece, a primeira barreira a ultrapassar é a aceitação do facto, o que é frequentemente mais difícil por se aliar a um clima de pânico. É também o momento em que a ajuda é mais necessária.
O direito ao aborto é inerente à liberdade da mulher decidir quando e se quer criar uma criança.
Não seria hipocrisia lutar por contracepção de acesso fácil e baixo custo, e manter o silêncio sobre os direitos da mulher confrontada com uma gravidez não desejada ?
A Holanda e a Bélgica estão entre os países com mais baixa taxa de abortos na Europa. Não é uma coincidência que esses sejam também os países em que o custo para as mulheres envolvidas seja muito baixo ou mesmo nulo.
Este não é definitivamente o caso nos restantes países da União Europeia, para não mencionar os que estão para lá das suas fronteiras.

( IPPF - International Planned Parenthood Federation )