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Poeta ( e andarilho, juntamente com muitos outros companheiros ) dos
"maravilhosos tempos em que o Povo foi sujeito activo da História"

A 23 de Fevereiro de 1987, com 57 anos, José Afonso deixou-nos, vítima de doença incurável.
Um dos mentores da canção de intervenção em Portugal e um cantautor notável, soube conciliar a música popular portuguesa e os temas tradicionais com a palavra de protesto.
Zeca trilhou, desde sempre, um percurso de coerência.
Na recusa permanente do caminho mais fácil, da acomodação, no combate ao fascismo, na denúncia dos oportunistas, dos "vampiros" que destroçaram Abril, no canto da cidade sem muros nem ameias, do socialismo, da "utopia".
Injustiçado por estar contra a corrente, morreu pobre e abandonado pelas instituições.
Esse abandono só pode envergonhar a nossa sociedade.
Mas não temos dúvidas,
a voz de "Grândola" perdurará para lá de todos os chacais.


Com Adriano Correia de Oliveira, José Afonso foi uma das figuras centrais e incontornáveis da canção de intervenção em Portugal.
Será certamente recordado como um resistente que conseguiu trazer a palavra de protesto antifascista para a música popular portuguesa
e também pelas suas outras músicas, de que são exemplo as suas baladas.
(fontes : "AJA", "azeitão.net" )