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Suicídio assistido ou eutanásia

Foi um suicídio assistido ou eutanásia", acusou, ontem, monsenhor António Cañizares, cardeal arcebispo de Toledo e vice-presidente da Conferência Episcopal Espanhola.
"Aos pacientes com doenças incuráveis ou degenerativas devem ser extremados os cuidados, acompanhá-los, estar ao seu lado com amor, ajudá-los a descobrir o sentido da dor e do sofrimento, mostrar-lhes a solicitude humana e cristã, levantar o seu ânimo, a sua fé e a sua esperança".(Declaração sobre o facto de ter sido desligado o ventilador que há dez anos mantinha viva Inmaculada Echevarría, de 51 anos, sofrendo de distrofia muscular progressiva. Internada num hospital católico, da Ordem de S.João de Deus, que tinha autorizado o procedimento, foi transportada para um hospital público por indicação do Vaticano.)
Porque não posso decidir sobre o sentido da minha dor e do meu sofrimento? Porque não teria o direito de os considerar inúteis, se não acredito na sua vocação redentora? Porque não se aceita que alguém considere "estar vivo" diferente de "ter uma vida"? Porque se chega ao ponto de considerar essa caricatura de vida, só possível a custo dos avanços tecnológicos, como vida "natural" que deve seguir o seu curso..., até ao fim "natural"?
Com a devida vénia "artigo no blog do Julio Machado Vaz"